Uma Valsa para Dois

Poemas... Às vezes doces, às vezes ácidos e noturnos. Mas são pedaços meus que empresto ao papel e letras... Pedaços do meu montante de romântica e apaixonada, da amante inveterada que nutro a cada dia...<<<>>> "Porque a Beleza, gêmea da Verdade, Arte pura, inimiga do artifício, é a força e a graça na simplicidade." (Olavo Bilac - A um poeta)

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Local: Florianópolis, SC, Brazil

Poeta, Cinéfila. Psicóloga e Mãe! Pessoa sonhadora, doce e Feliz! Chegada numa Guinness e numa Dunkel (ambas cervejas escuras e Amargas \o/)

sexta-feira, agosto 11, 2006

Gelado Vento do Norte...

Num mundo irreal, mutante

Numa estrada de curvas tortas,

milhares de almas mortas

amores solitários e esquecidos,

repletos de ventos frios...

De um gelado sopro frio de saudade,

caminha perdido,

Fulgurante Cavaleiro Negro,

de cabelos desgrenhados pelo tempo,

coração de pedra,

espaço vazio...

Relembrando,

cavalga morno em seu desalento,

do perfume doce da fada

de sua brilhante Ninfa plumada,

do seu colo macio e quente

de entregar-se ao sussurro do seu nome já esquecido...

Agora se atira contra o ataque,

contra o gelado vento do Norte,

imerso no nada...

Observo-o da tina

turvando a calma água com minhas lágrimas,

sabendo que está tão longe

quanto não se pode tocar,

cavalgando trôpego em seu Vento Negro,

procurando salvação...

Estendo as mãos...

Abro as portas...

Vem...

Banqueteia meu coração,

que de tão seu, perdeu a noção

e aprendeu a amar a triste prisão,

que o mantém na falsa esperança

do retorno do Sol...

Doce tortura inebriante

um prazer que sufoca, estonteante...

Espalho-me sobre o leito,

tendo seu corpo ao meu lado,

laço-o num abraço apertado,

e com um beijo agoniado

trago-o de volta a vida...

Num gesto violento

do teu pulmão,

o sopro da vida

grita aliviado...

e sua cabeça pende

e desaba levemente

sobre meu peito cansado...

Ah!!! amor trapaceiro...

quase me fez acreditar que,

meu amor que dormia sorrateiro,

tinha partido

e se perdido no pesar...