Gelado Vento do Norte...
Num mundo irreal, mutante
Numa estrada de curvas tortas,
milhares de almas mortas
amores solitários e esquecidos,
repletos de ventos frios...
De um gelado sopro frio de saudade,
caminha perdido,
Fulgurante Cavaleiro Negro,
de cabelos desgrenhados pelo tempo,
coração de pedra,
espaço vazio...
Relembrando,
cavalga morno em seu desalento,
do perfume doce da fada
de sua brilhante Ninfa plumada,
do seu colo macio e quente
de entregar-se ao sussurro do seu nome já esquecido...
Agora se atira contra o ataque,
contra o gelado vento do Norte,
imerso no nada...
Observo-o da tina
turvando a calma água com minhas lágrimas,
sabendo que está tão longe
quanto não se pode tocar,
cavalgando trôpego em seu Vento Negro,
procurando salvação...
Estendo as mãos...
Abro as portas...
Vem...
Banqueteia meu coração,
que de tão seu, perdeu a noção
e aprendeu a amar a triste prisão,
que o mantém na falsa esperança
do retorno do Sol...
Doce tortura inebriante
um prazer que sufoca, estonteante...
Espalho-me sobre o leito,
tendo seu corpo ao meu lado,
laço-o num abraço apertado,
e com um beijo agoniado
trago-o de volta a vida...
Num gesto violento
do teu pulmão,
o sopro da vida
grita aliviado...
e sua cabeça pende
e desaba levemente
sobre meu peito cansado...
Ah!!! amor trapaceiro...
quase me fez acreditar que,
meu amor que dormia sorrateiro,
tinha partido
e se perdido no pesar...
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home