Uma Valsa para Dois

Poemas... Às vezes doces, às vezes ácidos e noturnos. Mas são pedaços meus que empresto ao papel e letras... Pedaços do meu montante de romântica e apaixonada, da amante inveterada que nutro a cada dia...<<<>>> "Porque a Beleza, gêmea da Verdade, Arte pura, inimiga do artifício, é a força e a graça na simplicidade." (Olavo Bilac - A um poeta)

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Local: Florianópolis, SC, Brazil

Poeta, Cinéfila. Psicóloga e Mãe! Pessoa sonhadora, doce e Feliz! Chegada numa Guinness e numa Dunkel (ambas cervejas escuras e Amargas \o/)

sexta-feira, junho 30, 2006

Pobres tolos de coração partido
E alma leve...
Doces bobos
Que adormecem entorpecidos
Na delicada ilusão
Da trama macia e perfeita,
Do amor...

Quem só mentiras
Nessa viagem amorosa
Somou,
Compreende a amargura e verdade
Dessas palavras duras
Que me escapam e navalham
Tanto o peito
Quanto os lábios...

Na dor,
O sorriso incolor,
Do almejo, mesmo que traiçoeiro,
Do amor...

Nada restou
Só o hálito insípido do tempo
Que insiste em perturbar meu leito...
E derramar em meu sono
Seu desalento,
Mantendo me em doce tormento...
Em sonhos coloridos
E delicados,
Relembrando-me
Do teu toque mais recente
Que mesmo ausente
Alimenta minha imaginação...

Sussurros teus
Murmúrios mornos
Abarrotados como os lençóis
Sustentavam-me aquecida
Nas noites frias
No mundo gelado...
Recosto minha cabeça
E perco meu olhar no infinito...
Meu peito,
Que amou mais uma vez,
Agora se encontra vazio...
Meus braços pendem
E desfaleço exausta
Ainda almejando
Que aquele doce aroma
Volte, algum dia e preencha
A valsa alegre
Que montei pra você...



E o tempo se arrasta em minutos
Nessa
tarde de verão
Um tanto tímida e calorenta
Entre cinzas e bafos...

Atormento o relógio
Com meus olhares mendicantes
Embalando meu desejo
Em ritmo cândido
Nessa espera incessante
Por teus beijos e abraços...

E a noite vem
E morena
Derruba seus cabelos negros
Sobre o céu esperançoso
Dividindo seus brilhantes olhos
Em mil estrelas
E dentre elas algumas mais infinitas
Para guiar tua jornada
Entre as árvores e a estrada
Rumo ao aconchego
Do meu amor perfumoso...

Turvo o vidro
Com meu hálito agitado
E sobre os campos
Ecoa o descompasso em meu peito
E danço
Em honra da Dama da Noite
Tentando apressar a tua chegada...


E a saudades corre sobre o espelho d'água de minha existência
Trazendo os teus olhos a cada amanhecer.
Há de se fugir?
Ou de me contentar, então?
Ah! Isso não!
O coração quer amor teu
E não de qualquer um, vilão, por aí...
Assim, assim sem eira nem beira...
Recheadinho de contradição.

Saudade dói...
Amar também...
E os dois valem a pena,
só pra esperar quando você vem...

E eu fico aqui só na espreita
esperando na rede,
assim, bem matreira
com sorriso de lado a lado, faceira,
você em sua costumeira meiguice,
me beijar...



... E eu empresto meus ouvidos e memória,
Para que em minha companhia recobre o que lhe pertence,
Em todo o colorido e melodia...
E se não te recordas do meu consolo
Ofereço-te mais uma vez a tua história
Com o mesmo colorido,
Fazendo das tuas as minhas palavras,
Vendo-as escapar entre meus lábios.


Mudanças... Sempre são boas... Mudei de endereço, e algumas definições de postagem também irão mudar...Mas os poemas, ah... meus poemas amados, estes vão sempre continuar.