Uma Valsa para Dois

Poemas... Às vezes doces, às vezes ácidos e noturnos. Mas são pedaços meus que empresto ao papel e letras... Pedaços do meu montante de romântica e apaixonada, da amante inveterada que nutro a cada dia...<<<>>> "Porque a Beleza, gêmea da Verdade, Arte pura, inimiga do artifício, é a força e a graça na simplicidade." (Olavo Bilac - A um poeta)

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Local: Florianópolis, SC, Brazil

Poeta, Cinéfila. Psicóloga e Mãe! Pessoa sonhadora, doce e Feliz! Chegada numa Guinness e numa Dunkel (ambas cervejas escuras e Amargas \o/)

quinta-feira, setembro 14, 2006


Em doce alento
Talvez pueril encanto
Em dança suave
Deslizando nas sedutoras formas do caos

Vejo teus olhos refletidos no espelho
Tua respiração traiçoeira
Toda tua virtude
E toda a meia verdade
Em toda extensa palavra
Na exatidão da conversa sincera
E no descompasso do teu coração...

E me sinto caindo...
Despencando a esmo
Imersa em fantasias concretas
E quase todo o tempo, etéreas...
Quase toda hora, incertas
Sem recurso ou uso
Só esperança querida...
Só cerveja bebida...

...

...o ar gelado da noite,

castiga ainda mais o meu pescoço,

já torto de dormir errado,

esperando por promessas...

Aquele amor ecoa no peito

e como grita toda a noite,

deixando-me insone e amarga.

Se tanto reclamas,

há de algo se fazer...

"'Bora passar a espada no peito?",

perguntaria algum nobre poeta.

"Ah, não! Vou expô-lo ao relento..."

e assim, com o hálito da manhã

ele certamente irá embora.

quarta-feira, setembro 13, 2006

...E deslizo minha boca sedenta...

E deslizo minha boca sedenta

No teu corpo pulsante e molhado...

Arranco-te suspiros

Percorro-te até as raias da loucura...

Junto ao meu, teu suor salgado...

Misturado à tua respiração faltante

Quase a deriva da morte...

Tão fadado...

Em brumas absorto...

Esse que é príncipe

Por mim enamorado

Meu mistério

Cavaleiro errante...

E nesse meu palácio de vidro

Aprisiono-te em gelo e sal...

Afogo-te em minhas lembranças

Amargo-me no teu fel...

Amor por ti dedico

Em meu maior devaneio

Minha maior desventura

Tortura eterna no peito

Traje vestal de loucura...

Vai-te embora!

Mendigo ultrajante...

Mentiroso pedante...

Amante pérfido...

Enterro-te nessa alcunha

Por impedimento de amor

Não são esses olhos amargos que te vêem

Mas os que sim, não em prestam...

Ah, destino...

Que me faz pouco caso...

Quisera eu ter flechado

Tal coração andante

Tal alma...

Naquele instante...